Usina Cedro inicia moagem em Paranaíba e marca novo ciclo para o setor sucroenergético de MS

Adriano Hany e Roberto Chamorro
A cidade de Paranaíba viveu um momento histórico no último sábado (2) com a chegada do primeiro caminhão de cana-de-açúcar à Usina Cedro, inaugurando oficialmente a safra 2025/2026. A nova unidade industrial representa um avanço importante para o setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul, com forte impacto na geração de empregos, produção de energia limpa e no fortalecimento da economia regional.
O primeiro carregamento, com 72,25 toneladas de cana, foi conduzido pelo motorista João Batista de Paiva Filha e recebido com entusiasmo pelas equipes das divisões Agrícola, Industrial e Administrativa da empresa. O ato simbólico marca o início das operações da usina, pertencente à Pedra Agroindustrial S.A., que completa 94 anos em 2025.
Produção e tecnologia em larga escala
Com autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) publicada no Diário Oficial da União no dia 31 de julho, a usina iniciou a moagem com uma meta ambiciosa: processar 614.229 toneladas de cana-de-açúcar nesta primeira safra. A matéria-prima será colhida em uma área estimada de 8 mil hectares, com produtividade média de 76,7 toneladas por hectare.
A estimativa de produção é de 53.284 metros cúbicos de etanol hidratado, volume suficiente para abastecer cerca de 70 mil veículos populares por um ano, considerando o consumo médio de 12 km/litro.
Além da produção de biocombustível, a unidade terá papel estratégico na geração de energia limpa. Utilizando o bagaço da cana, a expectativa é produzir 38.602 MWh, o equivalente ao consumo anual de 18 mil residências, o que representa uma cidade com cerca de 50 mil habitantes.
Geração de empregos e desenvolvimento regional
A Usina Cedro foi projetada para operar com alto nível de eficiência e sustentabilidade, valores destacados em comunicado interno da Pedra Agroindustrial. A instalação deve gerar aproximadamente 1.200 empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento econômico de Paranaíba e de municípios vizinhos.
O investimento consolida a usina como uma das mais modernas do país, reforçando a aposta do setor privado em matriz energética renovável e no uso racional dos recursos naturais.
Reconhecimento e otimismo
A chegada do primeiro carregamento de cana foi celebrada também pelo Sindicato Rural de Paranaíba, que destacou em publicação nas redes sociais o simbolismo do momento. Para a entidade, trata-se de um marco para a história da agroindústria local e um passo promissor para o futuro da região.
Com esse movimento, a Usina Cedro entra em operação como um dos projetos mais relevantes da nova fronteira sucroenergética do Estado. A expectativa é que a iniciativa se torne referência tanto em produtividade quanto em responsabilidade socioambiental.
Fotos : Netto Bulhões
rcn67.com.br