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DOURADOS (MS) – Um caso brutal de feminicídio expôs, na noite deste domingo, a fragilidade dos mecanismos de proteção às mulheres em Mato Grosso do Sul. A ex-guarda municipal Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, foi assassinada com 23 facadas dentro da própria casa. O principal suspeito é o ex-companheiro, o venezuelano Cristian Alexander Cabeza Henriquez, de 44 anos.
O crime chocou a comunidade não apenas pela violência, mas porque o agressor estava sob monitoramento do Estado. Cristian utilizava tornozeleira eletrônica e Alliene possuía uma medida protetiva de urgência contra ele. Nada disso foi suficiente para impedir que o homem invadisse a residência e cometesse o assassinato na presença do filho da vítima, uma criança de apenas 9 anos.
Cronologia da tragédia
O histórico do casal já apontava para o risco iminente. Cristian havia sido preso em outubro deste ano justamente por descumprir a medida protetiva que o impedia de se aproximar da ex-mulher. No entanto, ele recebeu liberdade no último dia 14, há menos de duas semanas.
Segundo as informações policiais, ao invadir a casa na noite de domingo, o autor desferiu diversos golpes de faca contra Alliene, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Estatísticas alarmantes
O assassinato de Alliene marca a 37ª morte por feminicídio no estado, reforçando uma estatística sangrenta. O caso levanta debates urgentes sobre a eficácia do monitoramento eletrônico e a segurança real oferecida às vítimas que denunciam seus agressores e confiam na proteção judicial.
A Polícia Civil segue investigando o caso e os desdobramentos sobre a prisão do autor.
Imagem: Divulgação




