
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO/MPMS), da Unidade de Combate aos Crimes Digitais e de Inteligência Cibernética (UICC) e da 1ª Promotoria de Justiça de Coxim, deflagrou na manhã desta terça-feira (27), a 2ª fase da “Operação Grilagem de Papel”, cumprindo quatro mandados de prisão preventiva, quatro mandados de medidas cautelares e nove mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Coxim/MS.
Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana (REURB) e à transmissão de imóveis dos investigados.
A operação cumpriu também três ordens de afastamento de servidores públicos de seus cargos, em razão de suspeitas de envolvimento nos crimes de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros crimes correlatos.
Conforme apurado até o momento, a organização criminosa, integrada por particulares e servidores públicos, teria fraudado a expedição de diversas certidões de regularização fundiária de terrenos desocupados em Coxim, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento exigido em lei.
A partir dessas certidões ilegais, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis para os próprios envolvidos, seus familiares ou terceiros que pagavam propina para esta finalidade.
O nome da Operação “Grilagem de Papel” faz alusão à apropriação ilegal de terrenos de terceiros por meio de documentos fraudulentos.
GAECO/MPMS