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O casal de servidores públicos Cláudio José Jacomeli e Clarice Custódio Jacomeli, moradores de Naviraí, no interior de Mato Grosso do Sul, foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A decisão unânime, proferida em sessão virtual entre 14 e 25 de novembro, fixou a pena de 14 anos de prisão para cada um — sendo 12 anos e 6 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção. Além da pena de prisão, o casal foi condenado a pagar R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos.
Crimes e Identificação
O casal foi identificado em vídeos gravados durante a depredação na Praça dos Três Poderes, nos quais aparecem incentivando os ataques ao patrimônio público.
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Clarice Jacomeli (professora da rede municipal na época dos fatos) foi gravada dizendo: “Estamos fazendo inveja pra esse pessoal que não tem coragem”.
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Cláudio Jacomeli (aposentado e ex-analista judiciário do TJMS) afirmou: “temos que buscar o que é nosso, a liberdade”.
A condenação engloba os crimes de:
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Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
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Golpe de Estado
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Dano qualificado
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Deterioração de patrimônio tombado
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Associação criminosa armada
O regime inicial de cumprimento da pena será o fechado.
Ida à Brasília
Na época dos fatos, o Correio do Estado apurou que o casal viajou em um ônibus da Viação Netto, que transportou 20 sul-mato-grossenses para as manifestações. O sócio majoritário da empresa, Valdemar Benedetti Hermenegildo, de Vicentina, alegou que o custo da locação foi de cerca de R$ 27 mil e que não imaginava o desdobramento violento dos atos. Ele afirmou que cooperaria com a Polícia Federal (PF), caso solicitado, fornecendo o nome do contratante e de todos os passageiros.
Imagem: Divulgação




