MS recebe mais de 10 mil doses da vacina contra o VSR para proteger bebês no SUS

Bulhõesdigital
CAMPO GRANDE (MS) – Mato Grosso do Sul está na iminência de receber 10.755 doses da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o principal causador da bronquiolite e de doenças respiratórias graves em crianças. O imunizante, que será incorporado ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, começa a ser distribuído neste mês de novembro, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.
O investimento federal para a compra de 1,8 milhão de doses foi de R$ 1,17 bilhão. A chegada das doses em MS permitirá o início imediato da vacinação no grupo prioritário.
Grupo Prioritário e Eficácia
A vacina, que não era ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), será aplicada em gestantes a partir da 28ª semana de gravidez (dose única a cada nova gestação). O objetivo da estratégia é proteger os bebês menores de seis meses, que são o público mais vulnerável ao vírus.
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a campanha começa já em dezembro e que a meta do Governo Federal é imunizar, pelo menos, 80% do público-alvo.
“Todas as gestantes, a partir da 28ª semana, serão chamadas para receber o imunizante, garantindo proteção ao bebê ainda durante a gravidez”, afirmou Padilha.
Estudos clínicos comprovaram a eficácia da vacinação materna em 81,8% na prevenção de doenças respiratórias graves causadas pelo VSR nos recém-nascidos até 90 dias após o nascimento.
Impacto do VSR em Mato Grosso do Sul
O Vírus Sincicial Respiratório tem um alto impacto na saúde pública do Estado. Em Mato Grosso do Sul, o VSR é responsável por 33,2% de todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que somaram 1.991 ocorrências no Estado até novembro.
A situação é mais crítica entre as crianças:
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52,37% dos casos de SRAG em MS foram registrados em crianças de zero a nove anos.
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Não existe tratamento específico para a bronquiolite, sendo o manejo focado apenas no tratamento dos sintomas.
Tecnologia Nacional
A oferta gratuita da vacina no SUS foi viabilizada por meio de um acordo de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor. Com isso, o país passa a fabricar o imunizante, que na rede particular pode custar até R$ 1,5 mil.
Imagem: Divulgação




