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Parque Nascentes do Rio Taquari recebe mutirão para restaurar 40 hectares de Cerrado com 4 toneladas de sementes

Bulhõesdigital

COSTA RICA / ALCINÓPOLIS (MS) – Uma das áreas mais estratégicas para a conservação da biodiversidade em Mato Grosso do Sul, o Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari, será palco de uma mobilização ambiental histórica na próxima semana. Nos dias 10 e 11 de dezembro, um grande mutirão dará início ao plantio de 40 hectares de vegetação nativa no Núcleo São Thomaz, localizado no interior da unidade de conservação.

A iniciativa integra o projeto “Caminhos das Nascentes” e é liderada pelo Instituto Taquari Vivo em parceria com a empresa Restaura. A operação de “semeadura direta” utilizará mais de 4 toneladas de sementes de 60 espécies nativas do Cerrado. O objetivo é acelerar a recomposição da cobertura vegetal, fundamental para a proteção do solo e das águas que alimentam a Bacia do Taquari e, consequentemente, o Pantanal.

Força-Tarefa Institucional

 

A restauração ecológica em larga escala conta com uma ampla rede de parceiros, unindo o terceiro setor, poder público e academia. Entre os envolvidos estão a SOS Pantanal, Semadesc, Imasul, UFMS, a Fazenda São Tomás e as Secretarias de Meio Ambiente das prefeituras de Alcinópolis e Costa Rica.

Para Renato Roscoe, diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, a ação vai além do plantio.

“Restaurar as nascentes do Taquari não é apenas recompor a vegetação, é reativar os processos ecológicos que sustentam a vida em toda a bacia. Quando trabalhamos com diversidade genética, grande volume de sementes e participação comunitária, aceleramos a regeneração natural e ampliamos a resiliência hídrica e ambiental da região”, explicou o diretor.

Educação Ambiental

 

O mutirão também terá um forte componente pedagógico. Escolas rurais dos municípios vizinhos foram convidadas a participar, permitindo que alunos vivenciem a prática da restauração. A proposta é transformar as crianças em multiplicadoras da conservação, entendendo na prática a relação entre a floresta em pé e a produção de água.

Impacto a Longo Prazo

 

A escolha do Núcleo São Thomaz não foi aleatória. A região é crítica para o equilíbrio ambiental do extremo norte do estado. A recuperação desses 40 hectares trará benefícios diretos, como o aumento da infiltração de água no solo (recarga de aquíferos), o controle de erosão — um problema crônico na Bacia do Taquari — e a formação de corredores ecológicos para a fauna local.

Imagem: Divulgação

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