Mato Grosso do Sul não está entre mais afetados pela estiagem, diz pesquisa

JOÃO PEDRO FLORES
Mesmo com a estiagem que impacta grande parte do Brasil, especialmente a região do Nordeste, Mato Grosso do Sul não está entre os dez estados mais afetados, de acordo com o levantamento do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
De acordo com o estudo, as Unidades Federativas (UFs) mais impactadas pela falta de chuva são Acre, com 100% das cidades em situação de emergência; seguido de Pernambuco com 135 nesta condição; e na terceira colocação, o estado da Paraíba, com 53% (118) dos municípios afetados pela estiagem.
Apesar de não estar entre os dez mais afetados, o Governo de Mato Grosso do Sul, em 18 de setembro, prorrogou o decreto que instaura Estado de Emergência Ambiental em todo o território estadual até 30 de novembro.
A medida estende os efeitos do Decreto “E” nº 10, de 27 de março de 2025, que inicialmente havia fixado prazo de 180 dias, e foi necessária diante da persistência das condições climáticas extremas que elevam o risco de incêndios florestais e comprometem a qualidade do ar.
O decreto também autoriza, em caráter excepcional, a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados à prevenção e combate de incêndios florestais, desde que os contratos sejam concluídos em até um ano.
Confira o ranking dos estados mais afetados pela estiagem, com o total de cidades em emergência:
Acre – 22 de 22
Pernambuco – 135 de 184
Paraíba – 118 de 223
Rio Grande do Norte – 79 de 167
Bahia – 114 de 417
Alagoas – 27 de 102
Ceará – 40 de 184
Píaui – 40 de 224
Minas Gerais – 130 de 853
Sergipe – 8 de 75
No Brasil, 756 municípios dos 5570 estão em situação de emergência com a estiagem. Oito dos dez estados mais afetados pela falta de chuvas são do Nordeste
Balanço das chuvas
O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) divulgou os dados de precipitação acumulada nos primeiros 15 dias de outubro. De acordo com a análise, os maiores acumulados de chuva entre 45-90 mm, ocorreram em municípios das regiões extremo sul, sudeste e leste do estado.
Por outro lado, nas regiões pantaneira, centro-norte e nordeste ocorreram baixos acumulados de chuva entre 0 – 45 mm durante os primeiros 15 dias de Outubro de 2025.
Quando compara-se os dados de chuva acumulada nos primeiros 15 dias de outubro com as médias históricas mensais, observa-se que todos os municípios monitorados encontram-se com chuvas abaixo da média histórica. No município de Anaurilândia observou-se o maior acumulado de chuva com valor de 106,6 mm, representando 8% abaixo do que é esperado para o mês todo.
O maior registro de precipitação acumulada em Campo Grande, nos primeiros 15 dias de Outubro de 2025, foi de 27,8 mm observado na estação meteorológica do INMET representando 82% abaixo da média esperada para todo o mês de Outubro.
MS sofre com condições climáticas extremas que elevam o risco de incêndios florestais e comprometem a qualidade do ar – Divulgação / CEMTEC
Correio do Estado