17,5 mil candidatos disputam o vestibular da UFMS neste domingo

Por Inara Silva e Raíssa Rojas
Pelo menos 17,5 mil candidatos disputam neste domingo o vestibular da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Os portões fecharam às 8h e os candidatos seguem até as 13h respondendo às provas objetivas e à redação. Neste ano, a instituição oferece 127 cursos, sendo três deles novos: Inteligência Artificial, Licenciatura em Ciências Sociais e Relações Internacionais.
A instituição não divulgou números, mas informou que os seis cursos mais concorridos são: Medicina, Direito, Engenharia de Software, Medicina Veterinária, Psicologia e Odontologia.
O exame é aplicado em 11 cidades de Mato Grosso do Sul, como Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
Entre os estudantes que chegaram cedo aos locais de prova estava Daniel Otavio Alencastro, 30 anos, formado em Educação Física pela UFMS e determinado a conquistar uma vaga em Medicina. Ele conta que tenta o curso desde o ano passado e que as áreas de exatas ainda representam desafio, por isso buscou mentoria.
Profissional de Educação Física, Daniel Otavio Alencastro, concorre ao curso de Medicina (Foto: Raíssa Rojas)
“Pelo que eu venho treinando, espero uma nota boa e provavelmente vou conseguir”, afirmou, dizendo ter se preparado com provas antigas da UFMS.
Daniel levou um kit reforçado para enfrentar as cinco horas de prova: banana doce, duas paçoquinhas, água de coco e água. Ele explica que escolheu cursar Educação Física por afinidade com esportes e influência da família, mas a vivência profissional o fez repensar o futuro.
Outra candidata que enfrentou a maratona foi Beatriz Juca Prudente, 19 anos. Formada em escola militar, ela veio de Cuiabá (MT) exclusivamente para prestar o vestibular e já esteve no Estado há duas semanas para fazer a prova da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Este é o terceiro ano de cursinho e a segunda vez que tenta vaga na UFMS. “Chorei a noite toda, fiquei bem nervosa”, disse.
Beatriz Juca Prudente veio de Cuiabá para fazer o vestibular. (Foto Raíssa Rojas)
Para tentar manter a calma, Beatriz disse que não tomou café hoje. Ela afirma que a escolha pela Medicina é uma vocação. “Desde pequena eu queria. Sempre quis ajudar as pessoas e me vi na medicina. Mesmo se eu não passar agora, eu quero continuar tentando até conseguir. E é tipo assim: se não for medicina, não é nada.”
O professor de Biologia Alan Frederico Brisuena Gimenez, 54 anos, integra um grupo de docentes do Nota Dez que acompanha os alunos nos dias de prova para oferecer apoio emocional e orientação final. Segundo ele, muitos estudantes chegam ansiosos, buscando conselhos de última hora sobre o que estudar, e o papel dos professores é justamente transmitir calma.
Professor Alan Frederico Brisuena Gimenez foi prestar apoio aos estudantes (Fotos: Raíssa Rojas)
“Às vezes nem a família consegue dar esse suporte pra eles, então a gente vem fazer isso aí. A gente tenta passar essa tranquilidade pra dar segurança pra eles”, afirma. Alan explica que o grupo participa todos os anos, compartilhando estratégias para otimizar o desempenho dos estudantes, porque considera esse acolhimento parte essencial do trabalho de educador.
(Foto: Raíssa Rojas)
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